sábado, 10 de abril de 2010

Preço da frieza























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A chuva que cai na cidade do Rio de Janeiro há seis dias, já tem o número de vítimas superior às das enchentes de Santa Catarina e ainda põe em risco milhares de famílias que habitam encostas e locais ameaçados de queda.
A temporada chuvosa começou na segunda-feira, dia 5, surpreendendo a todos que voltavam do trabalho e acabaram ilhados em algum ponto da cidade. Muitos tiveram que passar a noite fora de casa, devido às quilométricas filas de engarrafamento. A situação atípica, mas não completamente inusitada, transformou o Rio de Janeiro, ironicamente num rio, quando mostrado por emissoras de TV que traziam as informações do caos instaurado.
Durante essa semana, a rotina de muitos cariocas foi afetada. As escolas tiveram suas aulas canceladas, comerciantes fecharam as portas na ausência de funcionários e clientes, além da interdição de algumas principais vias da cidade, como a estrada Grajaú – Jacarepaguá, causando mais engarrafamentos.
Na quarta-feira à noite, quando tudo parecia voltar ao normal, ocorreu mais um desabamento em Niterói, no morro do Bumba, que fora construído sobre um lixão com reconhecimento da prefeitura. Sem dúvidas o que trouxe o maior número de vítimas em todo estado. No dia seguinte, com a dimensão da gravidade, o prefeito do município decretou estado de calamidade pública.
Não há duvidas de que esse texto possui uma relação direta com o da postagem do dia 14 de março, - http://raphael-ramos.blogspot.com/2010/03/ainda-sera-normal.html - em que ressalto as questões socioeducativas de nosso país. É como uma sustentação à crítica feita anteriormente, mas sem o caráter de prevenção, e sim o de remediação. Afinal, ninguém mais suporta ouvir os “comoventes” discursos das autoridades, além das análises de especialistas julgando as falhas no meio do caminho. Só o que nos resta, infelizmente, é o exercício da solidariedade.  

Um comentário:

  1. É difícil se recuperar de um baque desses. O que resta é mostrar o espírito de solidariedade pelo qual os cariocas sao tão conhecidos.

    Beijos, Rapha!

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