domingo, 18 de abril de 2010

Slash de forma inédita

     Do dia 31 de março a 30 de abril estará sendo lançado em diversos lugares do mundo o primeiro Cd do ex-Guns n’ Roses e atual Velvet Revolver, Slash. Reconhecido como um dos músicos mais influentes da história do Rock mundial, o guitarrista reuniu-se com outros grandes nomes da atualidade para gravar seu primeiro disco solo. São 14 músicas na edição padrão, onde cada uma representa, no mínimo, uma parceria. Além das faixas bônus que serão espalhadas em outras versões mundo afora.
Em 2007 o guitarrista já havia anunciado na sua autobiografia o desejo de realizar o cd, que se chamaria “Slash & friends” e acabou intitulado como ‘Slash’ apenas. No Brasil o cd será lançado no dia 30 de abril, no último dia de lançamento mundial, pelo selo da Music Brokers. Porém para os curiosos e fãs brasileiros do guitarrista, o álbum já está disponível para ser ouvido em alguns sites na internet, como por exemplo, o Itunes.
         Devido ao fato do Slash ter marcado as últimas gerações – inclusive a minha -, decidi tecer um comentário crítico sobre cada canção da edição padrão, trazendo a minha opinião sobre essas obras inéditas. Sendo fã do guitarrita ou não, meu conselho final é: Ouça sem moderação!  


1 - Ghost

Slash, Ian Astbury

      Ghost é uma canção que tem as participações de Ian Astbury  - vocalista da banda inglesa ‘The Cult’- assumindo a voz e percussão e de Izzi Stradlin.-  Ex-guitarrista do Guns n’ Roses e parceiro de Slash -, que assume a guitarra base.  A música é iniciada por um envolvente riff de guitarra que se repete nos refrões acompanhando o marcante verso. Letra e voz se correspondem a durante toda a música.



2 - Crucify the Dead  

Slash, Ozzy Osbourne, Kevin Churko

      Foi de Ozzy Osbourne a voz escolhida para esta canção tão pessoal de Slash. Não é necessária muita reflexão para ter certeza de que Crucify the Dead é um insulto engasgado à Axl Rose, líder do Guns n’ Roses. Música e a letra se encontram trazendo pouco mais de quatro minutos de encantamento ao ouvinte. Cada segundo merece ser apreciado.  


3 - Beautiful Dangerous

Slash, Fergie

      Beautiful Dangerous é a canção que mais se diferencia das demais do CD. A mistura da voz da cantora do Black Eyes Pears com os ousados Riffs de Slash traz uma sonoridade inovadora. Nesta canção o destaque é a atitude e não a letra cantada.



4 - Back from Cali

Slash, Myles Kennedy

      Uma música bastante envolvente e comercial, porém sem nenhuma inovação a mostrar. Back from Cali é a canção do CD que tem maior possibilidade de virar o novo hit das rádios americanas. Myles Kennedy - vocalista do Alter Bridge – é o destaque.



5 - Promise 

Slash, Chris Cornell

      Na inconfundível voz de Chris Cornell, a canção Promise é mais uma demostração da criatividade do guitarrista Slash com riffs. É um rock bastante atual que atinge a qualquer faixa etária com um refrão marcante e uma letra popular.

6 - By the Sword

Slash, Andrew Stockdale

      By the Sword é um dos diferenciais do CD. Além da temática musical inovadora, a canção possibilidade grande destaque à capacidade vocal de Andrew Stockdale - cantor e guitarrista da banda Australiana Wolfmother – a canção prende a atenção do início ao fim. Uma obra rara.


7 – Gotten

Slash, Adam Levine

      Esta belíssima pareceria com Adam Levine – cantor do Maroon Five. Gotten é muito mais do que um clichê das canções de amor. Trata- se de uma novidade à carreira do guitarrista Slash, que abandona a típica formação de banda e incorpora novos instrumentos, como órgão, viola e violino. É uma bomba de sucesso na voz de quem a fará explodir a qualquer momento.

8 - Doctor Alibi

Slash, Lemmy Kilmeister

      Doctor Alibi é uma canção que não atende às expectativas criadas pelo público à parceria com Lemmy Kilmeiste – baixista do Motorhead. É Apenas mais um Hard Rock sem qualquer inovação, criado por dois gênios musicais que deram maior importância aos seus estilos conservadores do que ousados. 

9 - Watch This

Slash  


      Uma canção instrumental executada por Slash na guitarra, Dave Grohl – ex-baterista do Nirvana e atual líder do Foo Fighter – na bateria, e Duff Mackagan – ex-baixista do Guns’n Roses – no baixo.  A música Watch This possui dois momentos. No primeiro é ouvida uma melodia mais grosseira, baseada por uma frase musical que se repete na guitarra base e no baixo, deixando a bateria e a guitarra solo em destaque. No segundo momento, a canção se torna mais intensa e ousada, alternando em duas notas bem demarcadas pelo baixo. Momento em que Slash abusa mais de seu instrumento. 


10 - I Hold On

Slash, Kid Rock, Marlon Young

      I Hold On é a pareceria com Kid Rock – cantor americano - e seu guitarrista Marlon young. Uma canção popular sem grades destaques. Talvez seja mais uma aposta comercial.


11 - Nothing to Say     

Slash, M. Shadows

      Como o próprio título sugere, Nothing to Say não é uma canção para ser apreciada poeticamente, mas sim musicalmente. A música possui um estilo heavy metal com uma bela sincronia entre os músicos e a voz de M. Shadows – vocalista da banda Avanged Sevenfold.  


12 - Starlight

Slash, Myles Kennedy
 

      Starlight uma trilha perfeita para o casal de um filme Hollywoodiano. Mais uma parceria com o cantor Myles kennedy - vocalista do Alter Bridge. Sendo mais uma vez o destaque com seu notável controle vocal.


13 - Saint is a Sinner Too      

Slash, Rocco DeLuca

      A música Saint Is a Sinner Too é uma parceria com o cantor Rocco DeLuca e mais um ponto diferencial do CD. Além de traduzir a cultura Indie Rock presente na carreira do cantor, a canção introduz uma perspectiva mais moderna ao disco, tornando-se uma agradável surpresa ao público.  


14 - We're All Gonna Die

Slash, Iggy Pop
 

      A canção We're All Gonna Die concretiza a crença de muitos que acreditam que as últimas canções de um disco tendem a ter uma qualidade inferior às demais. A música é uma parceria com o polêmico cantor Iggy Pop, que exagera na pouca criatividade verbal, apelando para uma canção que não tem nada a dizer, além de não corresponder à sonoridade apresentada até aqui no CD.

sábado, 10 de abril de 2010

Preço da frieza























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A chuva que cai na cidade do Rio de Janeiro há seis dias, já tem o número de vítimas superior às das enchentes de Santa Catarina e ainda põe em risco milhares de famílias que habitam encostas e locais ameaçados de queda.
A temporada chuvosa começou na segunda-feira, dia 5, surpreendendo a todos que voltavam do trabalho e acabaram ilhados em algum ponto da cidade. Muitos tiveram que passar a noite fora de casa, devido às quilométricas filas de engarrafamento. A situação atípica, mas não completamente inusitada, transformou o Rio de Janeiro, ironicamente num rio, quando mostrado por emissoras de TV que traziam as informações do caos instaurado.
Durante essa semana, a rotina de muitos cariocas foi afetada. As escolas tiveram suas aulas canceladas, comerciantes fecharam as portas na ausência de funcionários e clientes, além da interdição de algumas principais vias da cidade, como a estrada Grajaú – Jacarepaguá, causando mais engarrafamentos.
Na quarta-feira à noite, quando tudo parecia voltar ao normal, ocorreu mais um desabamento em Niterói, no morro do Bumba, que fora construído sobre um lixão com reconhecimento da prefeitura. Sem dúvidas o que trouxe o maior número de vítimas em todo estado. No dia seguinte, com a dimensão da gravidade, o prefeito do município decretou estado de calamidade pública.
Não há duvidas de que esse texto possui uma relação direta com o da postagem do dia 14 de março, - http://raphael-ramos.blogspot.com/2010/03/ainda-sera-normal.html - em que ressalto as questões socioeducativas de nosso país. É como uma sustentação à crítica feita anteriormente, mas sem o caráter de prevenção, e sim o de remediação. Afinal, ninguém mais suporta ouvir os “comoventes” discursos das autoridades, além das análises de especialistas julgando as falhas no meio do caminho. Só o que nos resta, infelizmente, é o exercício da solidariedade.  

sexta-feira, 2 de abril de 2010

"Cinema" mudo

  Produzido por Rafael Ramos (juro que não sou eu), “Cinema” é o nome do 9° álbum da banda Gaúcha, Cachorro Grande. O disco que foi gravado em Porto Alegre com aparelhagem toda analógica, revela a banda num momento mais psicodélico, porém não traz evolução às primárias rimas das letras do quinteto.
    Seguidores do clássico Rock n’ Roll dos anos 60 e 70, a banda tenta traduzir, desde 2001, a cultura Beatlemaníaca para os dias atuais. Mas sem sequer ousar em atrair com temas mais inovadores. E o que deveria ser moderno, torna-se um clichê, desde as intenções de figurinos até as letras cantadas, na grande maioria, em terceira pessoa.
    Desta vez é notável a grande evolução sonora investida no álbum, que contém novos sons e novas ambiências, além do uso de instrumentos atípicos ao ritmo como o bandolim e a cítara. Mesmo assim a banda só alcança a popularidade desejada no Sul, onde a aceitação ao estilo é maior que na escala Rio-São Paulo, por exemplo.
    Conforme escrito no site da banda, o nome que dá título ao cd surgiu após o guitarrista Marcelo Gross assemelhar os sons do cd com o da sonoplastia de um filme. Quanto a isso não há o que questionar, afinal, o disco “Cinema” desperta sensação semelhante a de assistir a um filme desconstruído de narrativa e sentido. Ou melhor dizendo. Nos traz a lembrança do cinema mudo.