Um giro ocasional

    Após alguns anos afastados do estilo hard Rock, Jon Bon Jovi e sua banda lançaram, há três semanas atrás, o álbum The circle pela universal Music aqui no Brasil. Ao ouvir o álbum pela primeira vez, nos vem à mente a imagem da banda no fim dos anos 80. É como se estivessem sendo executadas algumas músicas perdidas por todo esse tempo. Nas canções em destaque do disco encontramos letras que abordam desde protestos sociais como em “Work for the workman” até os típicos versos de amor como em “Superman tonight”. O álbum conta com a produção de John Shanks e Dan Huff, e desde o seu lançamento promete trazer outra imagem à banda estadunidense, conquistando um público mais progressivo.

Estrelato sob as mãos

    No dia 4 de fevereiro de 2001, grande parte da América do Sul sofria com a notícia do acidente que punha em risco a vida do líder dos Paralamas do Sucesso, um dos mais consagrados músicos do Brasil. Após a tragédia que o fez perder sua amada Lucy Needham, Herbert Vianna permaneceu 44 dias em coma, perdeu parte da memória e ficou paraplégico. Nas suas primeiras aparições na mídia, eram notáveis as suas dificuldades na fala entre outras seqüelas deixadas pelo acidente.
    Em 2002, para a surpresa e alegria de muitos fãs, os Paralamas do Sucesso lançam o álbum “Longo Caminho”, trazendo algumas baladas envolventes como “Cuide bem do seu amor” e “Amor em vão” e também letras que abordavam questões sociais expressadas por pesados riffs de guitarra como “O Calibre”. Embora o disco tenha sido produzido após o acidente do líder da banda, todas as suas canções já haviam sido compostas anteriormente.
    Desde então os Paralamas do Sucesso vêm fazendo shows por todo o Brasil, imendando sempre um trabalho no outro. Em novembro de 2004 a banda gravou o CD e DVD “Uns dias ao vivo” em São Paulo com diversas participações especiais, alcançando 150 mil cópias vendidas, 50 mil vendas a mais do que o estimado para o albúm “Hoje”, que foi o décimo primeiro trabalho com canções inéditas, lançado em 2005.
    Contando com um público bastante variado, composto não apenas pelos que viveram os grandes anos do rock brasileiro, mas também pelas mais recentes gerações, os Paralamas do sucesso lançam, em fevereiro deste ano, um trabalho bastante diversificado . Produzido por Liminha e gravado pela EMI, o álbum “Brasil afora”, resgata os expressivos arranjos dos metais, deixando os instrumentos de cordas para um segundo plano musical, como na canção “Meu sonho”. O álbum também conta com a participações dos músicos Carlinhos Brown, em “Sem mais adeus” e Zé Ramalho na canção “Mormaço”.
    Diante de uma alta qualidade profissional, resultando num imenso nível de aceitação pelo público, é mais do que claro que Herbert Vianna, João Barone e Bi Ribeiro ainda têm a dose exata para levar milhares de fãs ao delírio, mesmo após tantos anos de estrada.

A ascensão dos reis

    Quem ouvia o disco Youth and Young Manhood na sua estréia em 2003, já conseguia perceber o potencial musical dos Followill, já que este primeiro trabalho da banda havia sido considerado pela imprensa inglesa um dos dez melhores albúns lançados nos últimos dez anos. Hoje, a suspeita que atingia aos críticos no início da carreira do Kings of Leon, tornou-se uma convicção mundial, principalmente após o lançamento do álbum “Only by night” em 2008, produzido por Angelo Petraglia e Jacquire King na cidade natal da banda.
    Com arranjos muito bem estruturados e uma letra ousada, o hit “Sex on fire” chegou a alcançar o top 10 em diversos países, como a Dinamarca, Canadá, Nova Zelândia e o Brasil. Além disso, os norte-americanos levaram os prêmios de melhor grupo internacional e melhor álbum internacional no Brit Awards, a mais importante premiação da música britânica.
    Definitivamente desde 2003 os kings vêm ascendendo cada vez mais no mercado musical, e já em 2010 prometem o lançamento de um álbum inesperado, voltado principalmente para seu público inglês, que segundo o vocalista Caleb são os principais responsáveis pelo sucesso da banda.

Tormento de mim

Sei lá, tem dias que a verdade incomoda
tem dias em que eu prefiro estar fora,
fugir, correr e zombar dessa amostra de mim

Sei lá, tem dias que a solidão me assombra
tem dias que eu prefiro essa onda,
viver pra ser e ser pra recusar-me assim

Sei lá, tem dias em que me engano ao limite
tem dias em que enxergo o que existe,
buscar, achar e atormentar-me enfim.

O Tempo se foi....

    Dizem por ai que há anos atrás encontraram o sujeito Tempo. Ofereceram-lhe um copo de demora, mas o danado nem sequer o indagou. Desafiaram-no para uma corrida ao adiamento e o sujeito continuou a exibir seu indomável ritmo, rejeitando a todos. Por fim, cansados da sua indiferença, resolveram controlar a vida do Tempo.. Tentaram lhe arrancar segredos, e intimidá-lo a qualquer momento. Indignado, o rapaz mudou-se dali. Desde de então nunca mais vimos o Sr. tempo passar por aqui, e sempre quando o notamos, ele já se foi.
    Hoje a única certeza que temos é que, mesmo distante dos nossos olhos, ele sempre passará por aqui!

Dias sim, dias não.

    Espelho, espelho meu, existe alguém mais entediado do que eu ?
Bem, hoje me fiz essa pergunta mais ou menos umas cem vezes. E o pior: todas vieram sem respostas! Parei, sentei, pensei, mas nada me fazia esquecer da falta do que fazer. Logo hoje, na véspera do meu décimo nono aniversário, me deparo com um dia desses, em que cada segundo, irritantemente anunciado no ponteiro do relógio se revela idêntico aos demais. É estranho, afinal conheço milhões de pessoas que dariam tudo por um dia à toa, sem obrigação alguma, porém, já me sinto excessivamente invadido pela tal condição. De certa forma, o pior já passou. O dia já chegou ao fim e todos aqui em casa já dormem para o novo dia de amanhã. São exatamente 1:27 da manhã do dia 21 de março, o que me diz que, naturalmente dou início a mais um ano de vida. Apesar de todos os acontecimentos e não-acontecimentos, sinto-me ansioso, de certa forma, para acordar e viver um dia especial, recebendo visitas e votos de felicidades de amigos e familiares. Gostaria de encerrar essa primeira postagem, esclarecendo que em momento algum desse texto tive a intenção de despertar o sentimento de melancolia ou drama no leitor, desculpando-me desde já se o fiz. Meu real propósito, é o de relatar um dia não muito satisfatório, onde aprendemos demais, e apostar em dias cada vez melhores que com certeza virão depressa.